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  Encontros que são presentes

 Encontros que são presentes

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Olá, aqui é a Glória Maria, comunicadora institucional da Énois. Olha, vou te falar... Eu amo os encontros que a Énois tem me proporcionado, tantos rostos que antes eu só conhecia virtualmente e agora vejo pessoalmente. O presencial é tudo, né?! O toque, o abraço e as trocas de ideias. Bom demais!

Aqui na Énois, estamos voltando com a Redação Aberta presencial. Fizemos a primeira edição presencial no Capão Redondo, zona sul de São Paulo, junto com as iniciativas Esquenta CultCom 7, Manda Notícias, Pauta Periférica, Escola de Dados e Base de Dados. Nesse encontro, discutimos a cobertura de eleições nas periferias e tivemos uma oficina de dados.

Agora, queremos fazer uma edição em Caruaru (PE) e você pode nos ajudar a realizar doando a partir de R$10 para a nossa campanha de arrecadação recorrente. Vamos nessa!

Falando em encontros presenciais, foi incrível rever uma grande parceira da Énois, a Angela Werdemberg, professora e pesquisadora em Campo Grande (MS). Ela esteve em São Paulo para o 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji e participou da mesa "Cultura interna: como os gestores podem promover diversidade e inclusão no jornalismo".

Com a vinda da Angela, aproveitamos para conversar sobre como ela conheceu a Énois e sobre os nossos 15 anos de trajetória em prol de um jornalismo mais diverso. Angela contou que descobriu a Énois enquanto preparava uma aula e buscava conteúdos na internet que pudessem enriquecer seu material.

“Durante essa pesquisa, encontrei o site da Énois. Lembro-me bem de como o site era colorido, cheio de fotos vibrantes e uma frase em destaque que dizia: faça jornalismo na sua quebrada. Essa frase imediatamente captou minha atenção”, ela relembra.

Angela começou a explorar mais sobre a Énois e os projetos desenvolvidos, e conheceu as co-fundadoras, Nina Weingrill e Amanda Rahra. Depois de um tempo, Angela teve um encontro inesperado com Nina, que era uma das mentoras de um módulo de um curso da Abraji.

Foi nesse momento que Nina falou sobre o trabalho da Énois  e Angela decidiu se colocar à disposição para participar de algum projeto da organização. “Mandei um e-mail para a Nina porque achei a Énois uma iniciativa incrível, especialmente por ser uma alternativa ao modelo tradicional de jornalismo, que muitas vezes legitima apenas o que é produzido pelos grandes veículos de comunicação. Fiquei encantada com o trabalho”.

Dois anos depois, para sua surpresa, uma amiga jornalista da Região Norte, Jéssica Botelho, que havia assumido a coordenação do Mapa do Jornalismo Local na Énois, e a convidou para participar do projeto mapeando o jornalismo local em Mato Grosso do Sul. Foi aí que Angela começou a desenvolver trabalhos com a Énois. Desde então, coordenou os projetos "Diversidade nas Redações 2" e "Retrato do Jornalismo Brasileiro".

Com sua participação na Énois, Angela foi conhecendo de perto a organização: “A Énois, em sua essência, tem a diversidade de raça, gênero e território como pilares fundamentais. Isso é de extrema importância não só para a construção das narrativas jornalísticas, mas também para garantir que o conteúdo produzido seja representativo da sociedade como um todo. Vivemos em uma sociedade diversa, embora as grandes redações ainda não reflitam essa diversidade, seja nas narrativas ou nos profissionais que ocupam esses espaços, especialmente em cargos de chefia.”

Para ela, a Énois desempenha um papel vital ao sempre trazer à tona o debate sobre a importância da diversidade nas redações e nas narrativas. No campo do ensino, a Énois oferece ferramentas extremamente úteis em sala de aula, permitindo que educadores trabalhem temas relevantes com seus alunos.

Mais do que isso, a organização cria um ambiente propício para o debate, um espaço onde podemos discutir temas complexos com afeto e respeito. A educação precisa disso – debates transformadores e libertadores, mediados pelo conhecimento.

Angela também comenta sobre a última pesquisa que coordenou, o "Retrato do Jornalismo Brasileiro", que para ela foi o maior desafio profissional. À primeira vista, a pesquisa pode parecer algo frio e distante, reduzido a números e estatísticas.

No entanto, durante o processo, ela aprendeu não sobre números, mas sobre pessoas. Ao analisar os resultados da pesquisa, Angela conseguiu enxergar muito da rede da Énois representada nos dados. “Um exemplo disso foi a constatação de que profissionais negros e negras, para empreender na área do jornalismo, muitas vezes precisam se desdobrar em dois, três ou mais empregos para conseguir manter suas iniciativas. ”

Para os nossos 15 anos, Angela deseja que nossa rede se consolide com jornalistas independentes em toda a América Latina. Valeu, Angela! Você é uma das parceiras que abriu nossos caminhos para estarmos presentes no Centro-Oeste do Brasil.

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