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Amanda, diretora institucional da Énois

Nina Weingrill, diretora operacional da Énois

Simone Cunha, diretora operacional da Énois

“Nosso salve para Alice de Souza, Bruna Gonçalves, Carol Pires, Danila de Jesus, Gabriella Mesquita, Glória Maria, Isabela Alves, Ivan Gomes Barbosa, Jamile Santana, Jessica Campos da Mota, Michelly Melo, Sanara Santos e Sara Evangelista dos Santos – essa equipe de 2021 que embarcou sem saber ao certo onde e que segue sem muitas certezas, mas que entendeu que estamos aqui pra apoiar o jornalismo que queremos ver florescer”. 

O cérebro é o órgão central de percepção e resposta, que compreende o que está fora, dentro e dá o comando pro sistema se organizar e atuar sobre o que está vindo. E isso tem a ver com as pessoas, mas este ano descobrimos que também com as organizações – e com a Énois de forma muito categórica.

Há 12 anos a gente faz planejamentos para ter um mínimo de previsibilidade dentro de um sistema capitalista (que, mesmo quando chega no seu braço social, traz pautas – e com muita antecedência – e busca investir pra receber o máximo retorno – ainda que social). E há 12 anos a gente chega em julho sentindo que precisamos de mudanças estruturais pra poder seguir para o ano seguinte. Já ficou famosa a frase “todo ano tem reestruturação” nos corredores – agora virtuais – da Énois.

Mas neste entendemos uma coisa inédita (obrigada Carol Muniz!): a Énois é uma organização cérebro, que atua a partir da percepção das demandas do campo e responde a elas na medida do que emerge – e dentro do que é possível, com os recursos que tem.

Ser uma organização cérebro dá muito trabalho. E o principal deles é ter um organismo que se adapta com certa agilidade ao novo que se apresenta. O nosso é formado por gente capaz de mudar de papéis, atribuições e parcerias para que a gente siga fortalecendo a diversidade no jornalismo.

E olha, não é fácil achar gente no mundo disposta a ser parte de um organismo com tamanha complexidade. Pessoas que estão dispostas a reaprender a trabalhar, carregando o propósito e trazendo suas diferenças pro todo. Sinapses que mudam conforme a música toca. Num contexto político, social e econômico onde a música que toca é ruim e sem ritmo. E numa atividade fim complexa, que é fortalecer a representatividade no jornalismo.

Mas tamo aí. Dezesseis pessoas (e mais de 80 colaboradores) que trabalharam tal qual um organismo eficiente e suficientemente saudável para apoiar a produção jornalística que fiscaliza localmente os poderes públicos e privados, diminui as desigualdades e injustiças e fortalece a democracia, com base nos princípios de diversidade, representatividade e inclusão.

Entre um desenho organizacional e outro, fizemos a travessia. No processo, criamos uma política de auxílio emergencial proporcional ao salário e ao número de dependentes, com impacto total de R$ 50 mil no orçamento, onde mais da metade dele foi usado para apoio psicológico. Foi tudo sistematizado pra ser apropriado e transformado por outras organizações do campo. E agora, incorporado aos custos fixos da instituição para 2022.

Mesmo com a distância física, demos um jeito de fazer junto. Aprendemos e apoiamos diretamente mais de 200 jornalistas e organizações em 25 estados do Brasil (Santa Catarina foi o único que ficou de fora), distribuímos R$ 764 mil – ou cerca de 57% do orçamento total da Énois – em programas como o Diversidade nas Redações, Jornalismo e Território, Sala de Redação e Prato Firmeza.

Foram mais de 900 reportagens apoiadas por meio dessa rede. Algumas delas com impactos concretos, como a garantia à vacinação de populações indígenas em Pernambuco, após reportagens publicadas pelo repórter Kleber Nunes do programa Diversidade nas Redações, na Marco Zero Conteúdo.

Tanto nos ocupamos fazendo que boa parte do impacto e resultado nem conseguimos contar ou publicar, quantificar, entender, medir. Parece que nos atropelamos, por nosso próprio tamanho e a urgência da missão. 

Encerramos 2021 com uma equipe, programas e rede distribuídos pelo país todo. E comprometidas em distribuir grana e fortalecer jornalistas e organizações jornalísticas que estão atuando a partir de seus territórios, necessidades e identidades. 

Amadurecemos muito. Viramos raízes de uma árvore linda, com ramos que operam programas e projetos com muitas parcerias, coletam dados relevantes sobre produção e distribuição pautadas na diversidade e colecionam histórias incríveis de transformação de pessoas e organizações. 

Chegamos longe – pra além do que havíamos imaginado quando começamos essa história. E seguimos sem muitas certezas. Mas com a presença necessária de um cérebro atento: que percebe, sente e responde. 

Seguimos para 2022 no mantra do cuidado, escutando e mudando a partir do que aprendemos umas com as outras. 

Horizontes amplos a passos de jabuti. 

Amanda, Nina, Simone. 

Um salve e muito obrigada a todas as apoiadoras e todos os apoiadores da Énois ♥

Ana Luiza Gaspar, Alessandro Junior, Amanda Rahra, Andrei Rossetto, Angela Klinke, Anna Penido, Alexandre Ribeiro, Bernardo de Almeida, Camila Haddad, Carolina Arantes, Claudia Weingrill, Danielle Bidóia, Daniela Carrete, Danielle Bidóia, Danilo Prates, Darryl Holliday, Evelyn Dias, Felipe Grandin, Fernanda Miranda, Fernando Valery, Flavia Menani, Fred Di Giacomo, Frederico Bortolato, Gabriel Araújo, Giuliana Tatini, Guilherme Silva, Gilberto Vieira, Harry Backlund, Iano Flávio, Juliana Siqueira, Júnia Puglia,Kelayne Santos, Larissa Brainer, Larissa Sales, Luciana Stein, Marina Dayrel, Maire da Silva, Mauricio Morato, Natalia Barbosa, Nataly Simon, Patrícia Grosso, Patty Durães, Rodrigo Alves, Rafael Wild, Renata Assumpção, Ricardo Feliz Okamoto, Susu Jou, Tatiana Cobbett, Thais Folego, Vanessa Adachi, Vinícius Cordeiro e Vitor Abud. Se você quer ver seu nome aqui, basta se tornar nossa apoiadora ou apoiador: benfeitoria.com/enois