A formação de Jornalismo e Território no Centro-Oeste acabou! Saiba o que rolou nos encontros

Encerramos o curso de Jornalismo e Território com a turma do Centro-Oeste. Foram oito encontros com vinte comunicadores.  

Em todo início de formação, refletimos sobre o olhar atento para o território por meio do exercício de construção do mapa afetivo de cada um dos participantes. Esse desenho potencializa o olhar do comunicador para o seu território e expõe as problemáticas, incômodos, fronteiras, encontros e afetividades dentro da comunidade.  

Esse processo não é banal. Ser um comunicador e olhar para o território desencadeia muitos questionamentos. Kleber Antunes, 21, do Distrito Federal, (@produtoduvidoso) apontou a dificuldade de conseguir informações dos gestores de sua região, Ceilândia. No DF não há municípios, logo não há prefeitura. Os gestores são divididos por região administrativa nas cidades satélites. “Não sabemos quem ocupa esse cargo de administração. Muitas vezes é do conhecido do governador, que nem mora no território, logo não entende a vivência e os problemas daquele espaço”, relata.    

Rafaela Lima (@rafafmlima), convidada pra falar sobre Lei de Acesso à Informação (LAI), apresentou portais do Distrito Federal como o E-SIC, Portal da Transparência, e Siga Brasília, onde podem ser encontrados dados sobre a administração pública, essenciais para construção de uma matéria sobre o tema. 

Já Ethieny Karen (@ethienykaren), 22, moradora do Mato Grosso do Sul, traz o problema da ausência da cobertura da mídia em seu território, Campo Grande. “Sinto que aqui é muito abandonado, é como se essa região não existisse”, explica.  

Max Maciel, do Papo de Quebrada, do Distrito Federal, Fred Di Giacomo, colunista do UOL e editor de Ecoa e Aydano André Motta, editor do Colabora foram os editores convidados nesta edição para mentorar as pautas desenhadas pelos participantes durante a formação. 

O curso é uma ótima oportunidade para olhar a produção local e estimular, questionar, produzir e distribuir por meio do jornalismo, temas importantes para o público local, com narrativas e formatos plurais.  

Um abraço e até breve,

Glória Maria, produtora da Énois

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