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A gente sempre foi um bonde

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A gente sempre foi um bonde

Oi! Aqui é Glória Maria, comunicadora institucional da Énois. 

Continuo com a missão de ocupar a newsletter Énois que tá junto! com histórias dos nossos 15 anos de existência. 

Pois bem.. eu e Helena Dias, coordenadora de Comunicação Institucional da Énois, no final de junho, fomos à casa de Amanda Rahra, co-fundadora e diretora de Mobilização, acompanhar o preparo do bolo de aniversário da organização, apesar da nossa festa estar prevista para o final do ano. Foi tipo o primeiro bolo da comemoração. 

Enquanto Amanda misturava os ingredientes e ajustava o forno, a gente conversava sobre o nascimento da organização e, principalmente, sobre o nome “Énois”. Para mim, é uma gíria que demonstra coletividade como “Tamo junto!”, por exemplo. 

Amanda Rahra lembrou que a ideia do nome surgiu na Casa do Zezinho, nosso primeiro espaço de atuação, onde ela e Nina Weingrill, também co-fundadora da Énois, davam formação para jovens do ensino médio e produziam a Revista Zzine, revista que por cerca de três anos foi a materialização da Énois. 
A escolha foi feita com a própria turma de jovens. Todos estavam de acordo que seria uma Escola de Jornalismo das quebradas. Mas, como nomear? A dúvida durou por um bom tempo. Vieram outros momentos, trabalhos e projetos. Captações e parcerias (muito bem contadas no nosso livro de 13 anos… Já leu?). 

Em meados de 2012, o entendimento de que a Énois precisava se tornar uma organização tomava corpo e a decisão coletiva foi fazer acontecer. Neste momento, a galera disse: "É nós, vamos fazer!". E assim o nome ficou. 

Pesquisando sobre a expressão, Amanda compartilhou com o grupo a definição de Noemi Jaffe que diz que "Nois é tudo", uma concordância do "é" com "nós". "Esse conceito sintetiza perfeitamente a ideia de grupo, de coletividade. Foi essencial para fortalecer o nosso coletivo, pois sempre fomos um bonde, um grupo unido. A escolha do nome 'Nois' refletia essa união", acrescenta Amanda. 

Nessa altura da história, na casa de Amanda, em 2024, direto de São Paulo, o bolo de cacau já estava no forno… E refletimos sobre como a receita que fez a Énois é parecida com a mistura de ingredientes que a gente acabava de ver acontecer. 

Enquanto Amanda batia o bolo, ela pontuava que estava fazendo sem saber fazer. Ficou uma delícia! E com a calda de cacau e morangos, então? 

A Énois nasceu assim, ninguém sabia direito como fazer uma Escola de Jornalismo. Cada pessoa envolvida tinha uma parte do conhecimento. Um sabia fazer clara em neve, outro tinha cacau do Pará e outro sugeriu ralar o chocolate em vez de derretê-lo. 

"Fomos construindo esse bolo juntos, experimentando e aprendendo na prática. Essa é a essência da Énois: um processo coletivo de construção, em que cada uma contribui com o que sabe e todos aprendem juntos", conta Amanda. 

A nossa caminhada desses 15 anos é como um bolo que nunca está totalmente pronto. Acreditamos e estamos sempre compromissadas em melhorar. "E se colocássemos um pouquinho de canela? E se tivéssemos adicionado pedaços de chocolate no meio? E as castanhas?". 

A nossa jornada é contínua, uma construção constante. Nois não é um bolo de pote, com fatias pré-definidas. É um bolo com muitas fatias, sempre em transformação.

Estamos aqui, crescemos nesses 15 anos. Erramos, acertamos e expandimos. O objetivo, que mais tem cara de processo, é entender como podemos impulsionar cada vez mais a nossa Rede Énois. 

Cada iniciativa que integra a nossa rede traz um ingrediente novo com o qual aprendemos. A receita do bolo e da Énois pode se renovar diversas vezes, mas a essência é inegociável: coletividade e partilha. 

Gostou dessa história? Fica por aqui! A gente ainda tem muito o que contar nesses 15 anos. 

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