Em 2022, Énois de novo <3

Diversa

Em 2022, Énois de novo <3

 

18 de dezembro 2021

 

Porque se não tem movimento, não é Énois. Real. A gente está se materializando como árvore, e por aqui confesso que estou bem animada com essa experiência de ser ramo. Coisa bonita isso.

 

Jessica Mota, gerente de comunicação da Énois

Oi gente, como vão?

Aqui é Jessica Mota, gerente de comunicação na Énois. Essa é a nossa última Diversa do ano! Pois é, mas antes de entrarmos no papo que eu quero ter com vocês, aviso que a equipe da Énois entra de recesso a partir de segunda-feira (20/12). Só voltamos dia 10/01. E como Amanda, Nina e Simone já contaram na outra Diversa, vamos voltar um pouco diferentes. Sim, gente, diferentes. Porque se não tem movimento, não é Énois. Real. A gente está se materializando como árvore, e por aqui confesso que estou bem animada com essa experiência de ser ramo. Coisa bonita isso.

Bom, direto ao assunto: não sei se viram, mas o projeto da Farol Jornalismo e da Abraji “O jornalismo no Brasil” chegou em sua sexta edição com 10 autores e autoras que analisam e discutem previsões para o de 2022 no campo jornalístico. 

Entre as previsões, vimos aquela que faz brilhar os olhos de todo mundo aqui na Énois e pela qual trabalhamos. O Moreno Osório, co-fundador da Farol, descreveu assim: “Em 2022 veremos ganhar importância um tipo de jornalismo que vem aparecendo com cada vez mais protagonismo nas edições d’O jornalismo no Brasil. Um jornalismo que vem transformando a profissão de fora para dentro, da periferia para o núcleo, e que empurra a prática jornalística ao encontro das necessidades impostas pelas transformações da sociedade. Um jornalismo estruturado na escuta e que aposta na proximidade do público como forma de distribuição. Um jornalismo mais plural, acessível e inclusivo — e por isso mais capaz de representar a complexidade brasileira.”

Quem acompanha as discussões que levantamos aqui sabe que é pra isso que a Énois existe. O Láercio Portela, editor da Marco Zero Conteúdo e nosso parceiro no Diversidade nas Redações, foi um dos autores que colaborou com o “O jornalismo no Brasil” e conta aqui sobre a importância da escuta e de pensar as estratégias de distribuição. Sentimos que caminhamos junto de um monte de gente que trabalha pra aproximar o jornalismo das pessoas, todas elas. Pra nós isso é combustível para botar a mão na massa. E é fundamental para fortalecer a democracia e o direito à informação em um pandêmico ano de eleição.

E sim, vai ter muita mão na massa mesmo em 2022. Vamos chegar lá. Vamos expandir nossas formações e produções jornalísticas para as regiões Norte e Centro-Oeste. Vamos abrir novas inscrições para nossos cursos. E queremos construir isso junto com você que nos acompanha por aqui e bota fé no nosso trabalho. Pode não ser fácil, é verdade, mas a gente já saca que foguete não dá ré. É sempre pra frente, né não?

Só que antes de chegar lá, quero mostrar o que ainda está aqui. Afinal, é o caminho que a gente trilhou esse ano que semeou essa coisa bonita de ser árvore. Foi nossa contribuição dentro desse ecossistema do jornalismo que quer estar mais a serviço da escuta, em seu sentido amplo (aliás, aqui você pode ler todas as nossas ferramentas sobre escuta e jornalismo). 

“Dois mil e vinte um foi um ano de olhar para todo o conhecimento existente dentro da Énois e na nossa rede”, me contou Alice de Souza, parceira de trabalho que cuida das sistematizações aqui na Énois. “Buscamos descobrir o que pode transformar as redações em espaços mais diversos a partir de experiências reais, realizadas nas diferentes regiões do Brasil e no exterior. Pois é, o jornalismo diverso já existe e pode estar ao nosso lado, basta um olhar mais atento!” 

Foram 54 experiências, metodologias e aprendizados, que se transformaram em ferramentas para a nossa Caixa de Ferramentas da Diversidade. Este ano também foi o momento de abrir as nossas portas virtuais, mensalmente, para uma comunidade disposta a trocar conhecimentos e construir em conjunto formas de ser mais diversa. O Redação Aberta, nosso espaço de troca e escuta coletiva, somou nove edições, com 22 convidados e convidadas dispostas a aprender e compartilhar. Falamos sobre temas urgentes como o anticapacitismo na mídia e a fiscalização da atividade policial. Ouvimos e nos encantamos com a potência da poesia da Bruna MC, slammer de 12 anos, nascida em Salvador (BA), ao falar dos próprios anseios. 

Agradecemos a todas as 221 pessoas que se inscreveram para o Redação Aberta neste ano, às 26 que nos deram feedbacks diretos sobre o encontro, a quem sugeriu novos temas para 2022 e à Ijnet, Abraji e Farol Jornalismo, por divulgar o evento em seus canais. 

“Foram muitos encontros nestas encruzilhadas do saber”, me falou Danila. A Danila de Jesus é a gerente de formação, responsável por coordenar processos muito importantes que aconteceram esse ano, ao lado da Jamile Santana, gerente de jornalismo. “Aprendemos com Valéria Santos, assistente social, que faz a comunicação comunitária em sua quebrada, usando seu alto-falante. Aprendemos com o mestre da fotografia Berg Silva, que com uma boa ideia na cabeça, transformou a laje da casa no melhor estúdio fotográfico para aquele encontro. Aprendemos com quem chegou para conectar e permitir que a educomunicação fosse essa mola propulsora de diversidades, de fortalecimento da democracia e da comunicação como direito, em um país cheio de rincões e silenciamentos”. 

Esse ano demos continuidade ao Programa Diversidade nas Redações, concluímos o Programa Jornalismo e Território, realizando as edições Centro-Oeste e Sul/Sudeste, e teve formações com o Prato Firmeza Rio, em parceria com o DataLab e o Labjaca, nas comunidades de Manguinhos e Jacarezinho.

Sobre o Prato Firmeza, aliás, vale lembrar que foi a primeira vez desse projeto fora de São Paulo. Além das formações, teve a produção do guia em si (você pode baixar e consultar a versão online aqui). Inicialmente, faríamos apenas um guia online com 20 estabelecimentos, mas conseguimos recurso para produzir o livro físico e fazer a impressão de 500 exemplares, que forma distribuídos em Manguinhos e no Jacarezinho mesmo. 

Tivemos o desafio de fazer uma formação de uma equipe nova 100% online, por conta da pandemia, tendo cinco pessoas do LabJaca na formação, que foram os responsáveis pelo mapeamento e produção dos textos. “Foi um projeto que precisou de um tempo de pausa, por conta da chacina no Jacarezinho, para que a galera pudesse se recompor”, lembrou a Carol Pires, quem coordenou o Prato Firmeza esse ano. “Um dos empreendedores participou do Festival Prato Firmeza, que foi bem importante para começar a divulgar o projeto.”

E de Prato Firmeza vocês ainda vão ouvir falar de monte. Em 2022 a gente vai falar de Prato Firmeza Campo&Cidade. Vamos contar as histórias das pessoas e dos lugares onde o alimento é produzido e consumido, da terra ao prato. Vai ter Prato Firmeza Geek também, e a gente vai atrás daquelas cozinheiras e cozinheiros nas periferias com uma pegada científica e inventiva, sabe? 

Espero que a gente possa seguir juntas e juntos, entendendo cada vez mais como a gente daqui pode trabalhar pra apoiar e fortalecer o trabalho de comunicadores e jornalistas como você.

Muito obrigada por estar com a gente!

Um feliz ano novo pra nós.

Um salve e muito obrigada a todas as apoiadoras e todos os apoiadores da Énois ♥

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