Énois disponibiliza videoaulas de cobertura da Justiça Climática
A formação, que já foi realizada pela Énois de maneira mais restrita, será disponibilizada em uma parceria com a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap)
A partir desta quarta-feira (28/06), jornalistas, comunicadoras(es) e pessoas interessadas sobre como cobrir as questões climáticas já podem se inscrever no treinamento “Jornalismo e Território – Justiça Climática”, uma formação realizada pela Énois com foco em coletivos e comunicadoras(es) de periferias e favelas do Brasil. As inscrições podem ser feitas em: www.escoladejornalismo.org
O curso é uma adaptação da segunda edição do programa Jornalismo e Território, feita em parceria com a Na Cuia Produtora Cultural e a Universidade Católica de Pernambuco, com apoio do Google News Initiative. São sete vídeos curtos e dinâmicos (dois de introdução e cinco de conteúdo), acompanhados de materiais e links de apoio, com espaço para discussão entre as pessoas participantes e a equipe da Énois. Na plataforma, as videoaulas também tem versões com tradução em libras e, fora dela, também é possível acessar os conteúdos em formato de áudio.
Na primeira versão do curso, a formação online foi direcionada para as regiões Norte e Centro-Oeste e agora se estende a todo país. A coordenadora do programa, Jessica Mota, explica o porquê da urgência de aprender e praticar um jornalismo local atento à crise climática.
“O tema do aquecimento global e da crise climática muitas vezes parece distante de nós. Os noticiários de massa dão conta de relatar sobre os calores intensos na Europa, ou as nevascas sem precedentes na América do Norte, mas não relacionam as enchentes que batem recorde na Amazônia, por exemplo, ao mesmo problema”.
Uma característica muito forte do curso é trabalhar as questões de maneira local. “No curso Jornalismo e Território – edição Justiça Climática”, apresentamos ferramentas que ajudam a ou o jornalista, comunicador ou comunicadora, a identificar em sua cidade ou estado como a questão da crise climática se manifesta, trazendo o debate para perto. Damos um passo além ao problematizar como essa crise está sendo sentida de forma desigual entre a população”, acrescenta Jessica.
Ao se inscrever no treinamento as pessoas têm acesso a videoaulas sobre o tema da justiça climática relacionado aos territórios e à interseccionalidade, assim como às temáticas do jornalismo colaborativo e da distribuição jornalística. Também há aulas focadas em orientações para apurações por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e do uso do recurso de pesquisa avançada do Google.
Quem participou da formação, indica para mais gente, como é o caso da jornalista Elâine Jardim, 27, de Palmas (TO). “O curso me trouxe um olhar mais diverso e engajado ao meu trabalho diário. Trouxe mais vieses em que o jornalismo pode ser atuante e eu sempre indico para os jornalistas que conheço, é realmente importante que seja aberto a todos”, explica.
No mesmo sentido, Jonathan Ferreira, 24, de Manaus (AM), relembra a sua experiência com o programa Jornalismo e Território. “Foi importante para eu analisar melhor o fazer jornalístico com uma visão mais voltada ao meu cotidiano, abordando questões que afetam pessoas próximas a mim. Considero importante essa qualificação e o programa oferece a oportunidade de conhecer outras pessoas e trocar experiência”, conta à Énois.
O treinamento “Jornalismo e Território – Justiça Climática” é pensado para pessoas que querem mergulhar nesta temática e relacioná-la com as suas vivências em seus bairros, suas cidades e seus estados. As inscrições estão abertas a partir desta quarta (28) e podem ser feitas em www.escoladejornalismo.org
Para mais informações, dúvidas ou sugestões, entrar em contato pelo e-mail contato@enoisconteudo.com.br ou pelo WhatsApp (11) 91641-9422. Caso tenha dificuldades em se inscrever no curso, escreva para: suporte-ej@enoisconteudo.com.br
Saiba mais
O programa Jornalismo e Território foi lançado pela Énois em 2020 e tem como objetivo compartilhar ferramentas com jornalistas e comunicadores locais que possam melhorar a cobertura em seus territórios. Na sua primeira edição, se debruçou sobre como aprofundar a cobertura sobre a infância e adolescência e como políticas públicas ligadas a esse tema impactam diretamente a vida das pessoas.
Neste momento, também foram mapeados 114 veículos, coletivos e iniciativas de comunicação locais, distribuídas em 18 estados. Destes, mais da metade foram selecionadas e selecionados para participar da formação e estavam fazendo um curso de jornalismo pela primeira vez. Todo esse trabalho foi sistematizado e organizado na primeira edição do Manual de Jornalismo e Território, de distribuição gratuita. A segunda edição, com a abordagem sobre a cobertura a partir do tema da justiça climática, também já está disponível.
Para baixar ambos, clique aqui.