Escola de Jornalismo Socioambiental forma 30 jornalistas

Escola de Jornalismo Socioambiental forma 30 jornalistas para cobrir diversidade amazônica

Comunicação para adiar o fim do mundo, uma reportagem que trata de direitos socioambientais em comunidades indígenas foi uma das produções feitas no fim do percurso da Escola Carta Amazônia de Jornalismo Socioambiental, produzido pela agência Carta Amazônia. A escola foi criada a partir de um edital da Énois, depois do TechCamp, um evento para potencializar soluções para fortalecer o jornalismo local em todo o país. 

Ano passado, a Énois, em parceria com a Embaixada e Consulado dos EUA, realizou o encontro de 59 comunicadores e iniciativas, que foi o TechCamp Belém, para compartilhar caminhos entre as organizações e mentores para apoiar o jornalismo local. Depois do evento, foi aberto um edital de financiamento para projetos e quatro iniciativas foram contempladas. A Escola Carta Amazônia de Jornalismo Socioambiental foi uma delas e ocorreu de forma online, em um curso com dois meses de duração. Foram 177 inscritos para 30 vagas.

Katia Brasil, uma das jornalistas mais experientes do país na cobertura socioambiental, foi uma das mentoras do curso. Foram 13 encontros com ela e outros 4 facilitadores especialistas em meio ambiente e comunicadores indígenas. Foram abordados temas como crimes socioambientais, jornalismo decolonial e ferramentas para investigação e produção socioambiental e financiamento de jornalismo independente.

Como resultado do curso, os comunicadores produziram 2 reportagens em texto,  1 reportagem multimídia e 2 podcasts, alguns dos quais já estão disponíveis no site da Carta Amazônia:

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Comunicação para adiar o fim do mundo

“Nossa turma é bastante diversa, com participantes indígenas, quilombolas, comunicadores populares e recém-formados. Essa diversidade contribuiu para que os debates representassem as diversas Amazônias que existem”, diz Cecília Amorim, cofundadora da Carta Amazônia que também enfatiza a necessidade de debater o jornalismo amazônico. “Debater esse tipo de jornalismo é democratizar a comunicação.” 

Para o futuro, a Carta pretende criar um circuito de comunicadores tanto locais quanto nacionais, considerando que o público da escola é formado por pessoas de diversas partes do Brasil. “A partir desses contatos, pretendemos ampliar essa rede de relacionamento e fortalecer o jornalismo socioambiental através da divulgação de iniciativas de fomento à produção independente e da circulação de conteúdos nessa área”, destaca Adison Ferreira, diretor de jornalismo da agência Carta Amazônia.