Diversa

Sustentabilidade no jornalismo: fazendo seu corre!

 

02 de maio de 2023

 

Foi por meio da Énois que conheci colegas de vários estados, como a Maria Regina Telles e a Monalisa Coelho, do Maranhão. Me juntei a elas e decidimos submeter uma proposta de pauta por meio de uma chamada internacional, da Earth Journalism Network (EJN) da Internews. Adivinha? Fomos premiadas!

 

Camila Simões
Editora do programa Jornalismo e Território

Oiê! Você tem alguns minutinhos para ouvir a palavra da sustentabilidade no jornalismo?

Meu nome é Camila Simões, tenho graduação em Jornalismo e, recentemente, me tornei Doutora em Comunicação e Informação pela UFPA. Estudo bastante mas, isso não garante sozinho o pão de cada dia (risos nervosos).

Hoje, eu tô por aqui pra falar sobre sustentabilidade no jornalismo e só dá pra aprender fazendo, essa é uma verdade. Nos últimos anos estive envolvida na revisão de materiais educacionais, gestão de projetos sociais mas, o que me fez alcançar esta rede aqui foi a oportunidade de trabalhar como editora-mentora dos ciclos Norte e Centro-Oeste do programa Jornalismo e Território (corações) da Énois. 

Já há algum tempo me jogo nos editais – acadêmicos de pesquisa e culturais, com premiações nacionais e regionais – mas, o financiamento no jornalismo só veio recentemente.

Por qual motivo preciso falar sobre tudo isso?

Foi por meio da Énois que conheci colegas de vários estados, como a Maria Regina Telles e a Monalisa Coelho, do Maranhão. Me juntei a elas e decidimos submeter uma proposta de pauta por meio de uma chamada internacional, da Earth Journalism Network (EJN) da Internews. Adivinha? Fomos premiadas! Em breve, vamos compartilhar a produção com essa rede tão especial que resultou na nossa aproximação profissional. Com você que está lendo!

Estamos felizes mas, não dá pra parar por aí. Quando a gente pensa em sustentabilidade, e estamos falando aqui de grana mesmo, é necessário começar a pensar em um movimento triplo e constante: 

(1) levantamento e catalogação constante de oportunidades,

(2) elaboração de propostas de pauta, no formato que couber ao edital ou chamada, de acordo com possibilidades do planejamento e habilidades do grupo,

(3) além do monitoramento dos resultados e a dita execução do que foi planejado.

Ufa! Parece muita coisa, e é, mas só a organização salva. 

Vale colocar que essas oportunidades podem estar na sua própria rede e você pode oferecer pauta diretamente aos veículos – fica ligade nos rolês remunerados. Uma outra forma é, como já falei, por meio de editais e chamadas periódicas. Aí, vai ter uma série de plataformas onde você pode encontrar oportunidades com repasse direto como na International Women’s Media Foundation, no Pulitzer Center, na Rede de Jornalistas Internacionais (IJNET), na própria EJN ou ainda por sites que divulgam variados editais como a Plataforma Prosas e o Gife

Tá e o que eu faço com toda essa informação? Você pode estar se perguntando…

Vou dar algumas dicas agora mas, já deixo o convite pro Redação Aberta #33, na terça-feira, dia 9 de maio. Um evento da Énois Laboratório de Jornalismo onde vamos poder conversar sobre tudo isso e trocar ao vivo, te agenda e bora!

Voltando às dicas! Em geral, esses editais ou chamadas apresentam temática definida e vão exigir uma visão de produto de comunicação, com profundidade diferente do nosso conhecido hard news. Por isso, vale pensar naquelas grandes categorias…

 

DEFINIÇÃO + PLANEJAMENTO

(necessário para a submissão de propostas)

EXECUÇÃO + MONITORAMENTO

(se a proposta for premiada é hora de executar)

ENCERRAMENTO

(prazos de entrega e publicação)

 

Eu sei que, no nosso cotidiano corrido, a gente parte pra execução com uma ideia pré-definida e alguns entrevistados de interesse. Porém, aqui é diferente. A proposta de pauta deve conter itens mínimos pré-apurados (definição) e um plano de ação (planejamento).

Então, bora lá! O projeto deve apresentar mais ou menos estes itens para a submissão: ideia da reportagem, uso multimídia, fontes previstas, audiência (qual é o público a ser atingido pelo material?), plano de distribuição e, ainda, o que vou colocar adiante.

Agora, é hora de fazer um cronograma tentando prever os períodos de trabalho em cada frente pensada. Por exemplo, se a proposta é elaborar um texto de internet com um infográfico é totalmente necessário construir uma linha do tempo com a estimativa de semanas, por exemplo, que vão ser direcionadas à pesquisa em dados secundários, a elaboração de indicadores legais, a contratação de um profissional pra fazer a proposta gráfica, tempo de revisão e aprovação, enfim. E, para tudo, que nem tô falando da parte do texto ainda!

Então, depois do desenho dessa linha do tempo de trabalho, considerando os produtos previstos (texto + infográfico, como no exemplo) já vai ser possível distribuir responsabilidades individuais/em grupo e, ainda, verificar a necessidade de terceirizar algum serviço ou atividade.

Bom, a palavra desenho é bem importante aqui, tá! É após esse processo que você vai conseguir fazer um orçamento mais assertivo. Achou que eu tava esquecendo do orçamento, não é? Ele só entra mais pra frente mesmo mas, as experiências e preferências podem variar em pontos diversos, como esse aqui.

O importante é refletir sobre que tipo de processo dá mais certo pra você. Com o tempo, elaborar uma ideia, colocar no papel (pode ser digital), reunir uma galere e alguns documentos, além de submeter propostas é uma sequência super satisfatória de desafios.

E aí? Gostou dessa Diversa?

A ideia era falar sobre sustentabilidade no jornalismo, espero ter te empolgado com o assunto!

Vem com a gente participar do Redação Aberta #33, no dia 16 de maio. Vamos trocar ideias e compartilhar ao vivo!

Até a próxima!

Um salve e muito obrigada a todas as apoiadoras e todos os apoiadores da Énois ♥

Ana Luiza Gaspar, Alessandro Junior, Amanda Rahra, Andrei Rossetto, Angela Klinke, Anna Penido, Alexandre Ribeiro, Bernardo de Almeida, Camila Haddad, Carolina Arantes, Claudia Weingrill, Danielle Bidóia, Daniela Carrete, Danielle Bidóia, Danilo Prates, Darryl Holliday, Evelyn Dias, Felipe Grandin, Fernanda Miranda, Fernando Valery, Flavia Menani, Fred Di Giacomo, Frederico Bortolato, Gabriel Araújo, Giuliana Tatini, Guilherme Silva, Gilberto Vieira, Harry Backlund, Iano Flávio, Juliana Siqueira, Júnia Puglia,Kelayne Santos, Larissa Brainer, Larissa Sales, Luciana Stein, Marina Dayrel, Maire da Silva, Mauricio Morato, Natalia Barbosa, Nataly Simon, Patrícia Grosso, Patty Durães, Rodrigo Alves, Rafael Wild, Renata Assumpção, Ricardo Feliz Okamoto, Susu Jou, Tatiana Cobbett, Thais Folego, Vanessa Adachi, Vinícius Cordeiro e Vitor Abud. Se você quer ver seu nome aqui, basta se tornar nossa apoiadora ou apoiador: bit.ly/enoisapoie

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